Frei Paulo - aspectos históricos e geográficos
Por José Bezerra Lima Irmão
José Bezerra é membro da
Academia de Cultura da Bahia e da
Academia Literária do Amplo Sertão Sergipano.
É autor do livro Lampião - a Raposa das Caatingas.
Link do sumário do livro abaixo - copie e cole no navegador:
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br/
Dados geográficos
Frei Paulo é uma próspera e pitoresca cidade da zona oeste de Sergipe. O município limita-se com Pinhão, Carira, Nossa Senhora Aparecida, Ribeirópolis, Itabaiana, Macambira e Pedra Mole. Suas terras, fertilíssimas, foram por muito tempo dedicadas à produção de algodão, o chamado ouro branco, e atualmente se prestam à pecuária e à produção de milho.
Coordenadas geográficas: 10º32'58" S e 37º32'04" W.
Altitude: 272 metros.
Clima ameno: média anual de 24,5 ºC.
Área do município: 406,8 km².
Seu território abrange as bacias do Vaza Barris e do Rio Sergipe.
População estimada em 2010: 13.854 habitantes.
Filhos ilustres
Adolfo Barbosa Góis (médico)
Ana Alice Oliveira Lima (poetisa)
Ancelmo Góis (jornalista)
Ariston Cerqueira Passos (poeta e advogado)
Berenice Silva (professora)
Bernadete dos Santos (Bernadete de Mestre Cecílio, professora)
Carlos Magno (poeta)
Cecílio Cunha (professor)
Clodoaldo Santana (tricampeão mundial de futebol – Copa de 1970)
Dario Ferreira Nunes (ex-prefeito)
Dulce Pino Modesto (professora)
Emanuel Barbosa Lima (Mané Lima, agropecuarista)
Euclides Góes (músico, comerciante, político, pai do jornalista Ancelmo Góis)
Francisco José dos Santos (Chiquinho do Sal, comerciante e pecuarista)
Francisco José dos Santos (Chiquinho do Sal, comerciante e pecuarista)
Gentil Tavares da Mota (engenheiro civil)
Inês Nascimento da Rocha (professora)
Iracy Sampaio (professora)
Isaac Ettinger (advogado e poeta)
Isaac Ettinger (advogado e poeta)
Jaime de Araújo Andrade (advogado, juiz de direito e político)
João Alves de Oliveira (João de Santa – maestro da União Lira Paulistana)
João Bosco de Rezende (jornalista e poeta)
João Ednaldo Alves dos Santos (engenheiro civil)
João Rodrigues Lima (ex-prefeito)
José Aloísio de Campos (professor, economista)
José Carvalho de Lima (padre)
José Carvalho de Lima (padre)
José Eduardo Góes (padre, filho de seu Góes da Serra - estudou Teologia na PUC/MG e na UFPR)
José Emídio do Nascimento (advogado, promotor público, juiz de direito e professor)
Josefa Angélica da Rocha (dona Caçula, professora)
Josefa Bernadete de Santana (artista plástica)
Josefa Iracy R. de Souza (professora)
Josias Ferreira Nunes (jornalista e poeta)
Juvina Moreira (professora)
Lindinalva Silva Dias (professora)
Magnólia Bispo (professora)
Maria de Lourdes Dantas (professora Shirlene)
Maria Eulina de Olivera (funcionária pública)
Raquel Rezende Rocha (professora)
Terezinha Matos (professora).
Intendentes da antiga vila de São Paulo
Alferes Manoel Antônio da Silva Nunes (1893-1896)
Major José Amâncio Bezerra (1896-1903)
Capitão José Tavares da Mota (1903-1905)
Francisco Dionísio Oliveira (1905-1907)
Antônio Rodrigues Lima (1907-1909)
Manoel Hipólito Rabelo de Morais (1909-1910)
Alcino Soares (1910-1912)
José Joaquim de Oliveira (1912-1914)
Francisco Raimundo Barreto (1914-1917)
Coronel Pedro Rodrigues Lima (1917-1920)
Major Tibério Bezerra (1920-1923)
Antônio Joaquim de Andrade (Totonho do Mulungu – 1923-1924)
Alferes Manoel Antônio da Silva Nunes (1924-1926)
Major Conrado Tavares da Silva (1926-1929)
José Carlos Borges (1929-1930)
José Francisco da Cunha (1930-1931 – 1º intendente da Revolução de 1930)
Maurício Ettinger (1931-1932)
Antônio Joaquim de Andrade (Totonho do Mulungu – 1932-1935)
Antônio Gonçalves Dias (1935-1936)
Prefeitos
Napoleão Emídio da Costa (1936-1938)
Francisco Emídio da Costa (1938-1940)
Maurício Ettinger (1941-1942)
Francisco Fernando da Silveira(1942-1943)
Francisco Emídio da Costa (1943-1947)
Izauro Soares (1947-1950)
Dario Ferreira Nunes (1950-1954)
João Rodrigues Lima (1954-1958)
João Teles da Costa (1958-1962)
Daniel Paixão dos Santos (1963-1966)
João Teles da Costa (1967-1970)
Rubens Andrade (1970-1972)
João Teles da Costa (1973-1976)
José Nunes, vulgo Batista Félix (1977-1982)
José Arinaldo de Oliveira (1983-1988)
Manoel Soares de Souza (1989-1992)
José Paulo da Costa (1993-1996)
Manoel Soares de Souza (1997-2000)
Geraldo Nunes de Almeida 2001-2004)
Aderbaldo Oliveira, vulgo Bado (2005-2008)
José Arinaldo de Oliveira Filho (2009-2012)
José Arinaldo de Oliveira Filho (2013-2016)
História de Frei Paulo
No passado, o lugar denominava-se Chã do Jenipapo, um arraial encravado nas chamadas Matas de Itabaiana, ou simplesmente Matas – a referência às “Matas de Itabaiana” era para distingui-las das “Matas de Simão Dias”.
Ali viviam as famílias Rezende, Góes, Tavares, Ettinger, Passos, Chagas, Andrade, Oliveira, Santos, Costa, Bezerra, Dantas, Barreto, Matos, Guedes, Barbosa, Soares, Ferreira Nunes e Rodrigues Lima.
Sua atual denominação, Frei Paulo, é uma homenagem ao frade capuchinho italiano Frei Paulo Antônio Damele de Casanova di Rovegno. Esse missionário, ao chegar ao Brasil, exerceu seu ministério apostólico em Espírito Santo (Itapemirim, por 10 anos), Sergipe (convento de São Cristóvão, por 15 anos) e Bahia (convento da Piedade, em Salvador, por 19 anos, onde repousam seus restos mortais). Os frades capuchinos em suas missões evangelizadoras empenhavam-se em obras sociais tais como construção de açudes, igrejas, cemitérios e casas de saúde (Antônio Conselheiro – o Santo Nordestino – fazia isso inspirado na ação daqueles missionários). Numa dessas missões pelo agreste de Itabaiana em 1868, Frei Paulo de Casanova construiu com os moradores da região uma capela e um tanque na Chã do Jenipapo. A capela foi dedicada ao Apóstolo São Paulo. Formou-se ali o povoado São Paulo. Para distingui-lo da capital paulista, o povo chamava o lugarejo de São Paulo de Itabaiana ou São Paulo Moleque. Foi erigido a vila em 1890 e a cidade, em 1920. Em 1944, passou a denominar-se Frei Paulo.[1]
* * *
Nasci no povoado Alagadiço. Embora meus pais tenham se mudado para Nossa Senhora da Glória, vínhamos sempre a Frei Paulo. Meus pais não perdiam as festas do padroeiro São Paulo e do Ano Novo. Como não perdiam a festa de Nossa Senhora da Conceição, em Alagadiço, com sua famosa queima de foguetes e toques de zabumba – a zabumba de Lero, filho de Mestre Cecílio. Minhas tias Júlia e Pacina tinham um sítio na Serra Redonda. Quando criança, para mim a coisa mais bonita deste mundo eram aquelas malhadas de mandioca espalhadas no pé da Serra Redonda, pontilhadas de coqueiros, cajueiros e mangueiras, descortinando-se ao lado a Serra de Campinas, separada por um grotão que enriquecia a minha imaginação com evocação de insondáveis mistérios.
Meu padrinho foi Dario Ferreira Nunes, tabelião (e depois prefeito) de Frei Paulo. Foi no cartório dele que eu vi pela primeira vez uma máquina de escrever, hoje um instrumento obsoleto, mas na época um assombroso engenho. Ele morava na Praça do Coreto, sua casa pertenceu depois ao legendário Chiquinho do Sal, na esquina que dava para o cinema. Foi naquela casa que dei meus primeiros passos, com menos de um ano de idade, quando me desprendi de minha madrinha Caçula (Josefa Angélica da Rocha) e saí andando meio desgovernado para onde estava minha mãe.
Criei-me ouvindo dos meus pais e tios as histórias fantásticas de Lampião e seus cabras. Essa foi uma das razões que me levaram a escrever Lampião – a Raposa das Caatingas, que acabo de publicar. Com esse trabalho, quero homenagear meus conterrâneos de Frei Paulo, Alagadiço e Nossa Senhora da Glória.
Se você quer conhecer a saga do cangaceiro Zé Baiano, que morreu na fazenda Lagoa Nova, perto de Alagadiço, clique neste endereço:
E se quiser saber detalhes do meu livro Lampião – a Raposa das Caatingas, em que conto a vida do maior guerrilheiro das Américas, clique neste endereço:
Capa do livro
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ADENDO
Histórico da secular
União Lira Paulistana



João Alves de Oliveira (João de Santa)
1953-1958, 1970-1974, 1979-2000 e 2004-2008
1953-1958, 1970-1974, 1979-2000 e 2004-2008
Padre João Lima Feitosa
Neste
texto, com algumas adaptações, reproduzo, às vezes literalmente, grande parte
do capítulo do livro de Manoel Alves de Souza, “Porto da Folha – Fragmentos da
História e Esboços Biográficos”, edição do autor, 2009, páginas 252/257, obra
magistral que integra a Coleção Lindolfo Alves de Souza.
A cidade de Frei Paulo, no agreste
sergipano, é caracterizada pela sua marcante religiosidade. Tanto assim que em
sua história os personagens mais famosos são o frade capuchinho Frei Paulo Casanova,
seu fundador, o Padre Madeira, que foi vigário de Frei Paulo por mais de 20
anos, e o Padre João Lima, que foi vigário durante 39 anos.
Ele nasceu em Porto da Folha, em 9 de fevereiro de
1925. Era filho de José Moreira Feitosa (Zezé Picurino) e Ester Alves
Feitosa, natural de Capela, mas criada
em Porto da Folha por João de Oliveira Lima (Janjão Catombeira) e Dona Mocinha,
respectivamente, cunhado e irmã de Zezé Picurino.
Foi batizado no dia 15 de junho de 1925 pelo Padre
Antônio de Freitas, tendo como padrinho o seminarista Gonçalo de Souza Lima (futuro
Padre Lima) e como madrinha Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade.
O pai, Zezé Picurino, era dono por herança de metade da
fazenda Tanquinhos, nas proximidades do povoado Linda França, com 320 tarefas, à
beira do Rio Capivara, onde produzia arroz e cereais. Tinha casa na cidade, que
vendeu a João Alves de Campos (João Alves da Linda França). Com o tempo os
negócios de seu Zezé foram fracassando. Ele não tinha vocação para cuidar da
fazenda. Além disso, seu envolvimento com a política lhe tomava tempo e
dinheiro. O banditismo encarregou-se de lhe tirar o restante.
Desejando ser padre, foi estudar no Seminário Diocesano
de Aracaju (Seminário Menor). A princípio, seus estudos foram custeados pelo
seu padrinho e benfeitor, Padre Gonçalo Lima, e depois, por dona Izabel
Mesquita, uma senhora natural de Frei Paulo, sogra do grande fazendeiro e
empresário Oviedo Teixeira. Dona Izabel, mulher rica e influente na sociedade
aracajuana, era muito católica. Assistia à missa aos domingos no Seminário.
Ajudava muitos seminaristas pobres, dentre eles, João Lima.
Concluído o Seminário Menor, João Lima foi para o
Seminário Central de Belo Horizonte, para estudar Filosofia, e depois se
transferiu para o Seminário Provincial de Maceió, para estudar Teologia.
Devoto de Nossa Senhora da Conceição, sua madrinha,
João Lima foi ordenado na capital alagoana no dia 8 de dezembro de 1953, dia de
Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Porto da Folha, onde celebrou a sua
Primeira Missa. O vigário de Porto da Folha, Padre Gonçalo Lima, estava doente
e pediu ao bispo Dom Fernando Gomes que o jovem Padre João Lima fosse nomeado
para a paróquia de Gararu, mas dona Izabel Mesquita interferiu, pedindo a sua
nomeação para Frei Paulo. O bispo resistiu ao pedido dela, pois já havia se comprometido
a nomeá-lo para Gararu. Depois decidiu mandar que preparassem a documentação
para que João Lima fosse para a paróquia de Brejo Grande, mas foi vencido pela
insistência de dona Izabel Mesquita, e no dia 18 de março de 1954 João Lima foi
nomeado vigário de Frei Paulo, passando a responder também, por algum tempo,
pelas paróquias de Carira, Pinhão, Pedra Mole e Ribeirópolis.
Na década de 1950, quando Ribeirópolis se viu envolvida
em acirradas questões políticas entre a UDN e o PSD, o Padre João Lima
empenhou-se bastante para evitar mais crimes e promover a pacificação entre a
família Passos e os Cearás. Quando uma pessoa de uma dessas famílias estava
ameaçada de morte, ele ia lá, punha a pessoa ameaçada e a família no seu jipe e
levava para Frei Paulo, sem ser molestado. Quando a ameaça era com pessoa do
outro lado, ele fazia o mesmo, sempre respeitado por ambos os grupos.
Padre João fundou e manteve em Frei Paulo:
- o Hospital Maternidade Santa Mônica;
- o Educandário Imaculada Conceição;
- o Ginásio da CNEC;
- a Creche Santo Antônio.
No povoado Alagadiço, ele fundou uma creche para 120
crianças, que funcionava no casarão que havia sido do legendário Antônio de
Chiquinho, coiteiro de Lampião, que liderou o grupo que matou o cangaceiro Zé
Baiano.
Padre João Lima dava expediente na sacristia da igreja.
Era calmo, paciente, atencioso. Atendia a todos sem distinção. Apesar do seu
jeito aristocrático, era uma pessoa desprovida de ambições pessoais, tanto no
que diz respeito à possibilidade de ascensão na hierarquia da Igreja, com em
relação a bens materiais. Teve dois convites para se tornar bispo (primeiro, de
Propriá, e depois, de Irecê), e recusou. Preferia viver em Frei Paulo, onde era
amigo de todo mundo. Ele não podia se imaginar fora de Frei Paulo, terra que
ele adotou como sua em definitivo. Embora viesse a ser nomeado cônego, preferia
ser chamado de “Padre João Lima”.
No final da vida, bastante debilitado por longa
enfermidade que o consumia aos poucos, Padre João quase não saía do quarto.
Sucederam-se outros padres na condução dos atos religiosos. Mas, vez por outra,
altas horas da noite, ele chamava o amigo de confiança, seu Adinho, um homem
simples, pedreiro, católico fervoroso, e lá iam os dois, cuidadosamente, para que
ninguém visse, fazer um passeio por dentro da suntuosa igreja onde celebrara
tantas missas, onde pregara, onde casara e batizara praticamente todos os
freipaulistanos dos últimos tempos. Retornavam antes que a cidade acordasse.
Com o seu passinho miúdo, de ancião, nem de longe o bondoso Padre João lembrava
a figura altiva e vigorosa que ficara na memória do povo de Frei Paulo.
Padre João Lima faleceu aos 68 anos de idade em
Aracaju, em 22 de junho de 1993, e está sepultado na igreja matriz de Frei
Paulo, da qual foi vigário durante 39 anos.
PADRE MADEIRA
Um padre sem papas na língua
Texto de Carlos Magno
Andrade Bastos, extraído do seu blog “Jornal O Papagaio”
Padre Madeira foi o primeiro vigário que morou em Frei Paulo. Não era um homem de meias-palavras. Cumpria suas desobrigas religiosas com amor e extrema responsabilidade. Sofreu perseguições por conta de sua postura de justiça, condenando atos autoritários dos políticos locais. A igreja bonita que temos hoje em Frei Paulo devemos ao padre Antônio Leal Madeira. Ele se esforçou para construí-la, apesar da pobreza da cidade. A antiga igreja foi demolida e em seu lugar ergueram a atual com essa torre alta e seu interior em estilo clássico com lindos afrescos. Também a casa paroquial foi ele quem construiu. Por mais de 20 anos foi vigário de nossa cidade, mas esteve afastado certo tempo, permanecendo em Alagadiço, tendo em vista retaliações que sofreu, por isso mandava outros padres celebrar a missa.
Foi uma briga feia que teve com Pedro Lima, que naquela época era o cacique
político da região, já tinha sido intendente e usufruía de muito prestígio
político, mas era um sujeito extremamente duro com seus adversários, não
conseguia conviver com os que se opunham a sua ideologia de ultra direita. As perseguições que encetava eram tão devastadoras que até mesmo seus
correligionários reprovavam. Padre Madeira repudiava esse seu comportamento
eivado de requintes de perversidade - no sermão, descia-lhe a ripa, criticando
suas práticas execráveis.
Por isso, Pedro Lima mandou prender o Padre Madeira. O fato só não se consumou
pela interveniência providencial de sua esposa, D. Creuza, que alertou o marido de
que se ele prendesse o vigário a cidade inteira iria se revoltar contra ele e
com certeza ele logo perderia o prestígio político. Mesmo assim o clima ficou
feio, e por isso o Padre Madeira se afastou por alguns anos, para o desgosto dos
freipaulistanos, que por ele nutriam muita admiração e carinho.
Padre Madeira, tinha lá suas manias. Um dia, ao ouvir o repicar dos sinos
de “finados”, perguntou quem morreu. “Foi o Sr Coelho”. Mandou imediatamente
suspender as exéquias na igreja, pois o finado não se confessou nem recebeu a
extrema-unção.
Ele só fazia a encomenda de uma alma com o caixão aberto. Certo dia
chegou um morto à igreja. “Nóis viemo tomano cachaça até aqui pra aguenta o
fedô”, disse um parente. Mas Padre Madeira fez questão de mandar abrir o caixão.
Começou a resmungar algumas palavras do ritual: “Requiem aeternam dona eis, Domine”, e
disse: “Fecha logo... Vá feder assim no inferno, desgraçado...”
Minha avó, D. Mizinha, de saudosa memória, era quem nos contava essas
histórias, que hoje estão no seu livro de memórias que sempre gosto de reler.
Ela conta que os sermões do Padre Madeira eram revestidos de erudição, dava
gosto assistir às suas pregações dominicais. “Falo ‘ex catedra’ da cátedra de São
Pedro para transmitir a palavra de Cristo” - a matutada ficava boquiaberta. Era
português, por isso às vezes era difil decifrar suas palavras.
Quando minha avó D. Mizinha se casou com Tonho Carpina, a sua pergunta foi interessante: "Mizinha, você quer se casar com um rapaz de uma família que ninguém conhece?"
Quando minha avó D. Mizinha se casou com Tonho Carpina, a sua pergunta foi interessante: "Mizinha, você quer se casar com um rapaz de uma família que ninguém conhece?"
Foi também o Padre Madeira o responsável pela primeira visita episcopal
de Frei Paulo. O bispo era Dom José Thomaz. Foi uma festa para a cidade, que
recebeu de braços abertos a visita dessa autoridade eclesiástica, um
acontecimento que entrou para a história.
Quando o Padre Madeira deixou Frei Paulo, organizou-se sua
despedida na igreja. Muita gente chorou quando ele partiu, pois era
amado pelos freipaulistanos.
Atualmente a cidade de Frei Paulo - SE é uma das mais belas da referida região; a atual cidade passa por uma profunda reestruturação com suas ruas, travessa e praças pavimentadas, outras sendo calçadas, chegando esses benefícios aos povoados; socialmente hoje Frei Paulo voltou a vivenciar grandes eventos em todas as áreas social: Festejos Juninos na Praça de Eventos João Alves dos Santos "João de Santa", a Exposição Agropecuária no Parque: Manoel Vivaldo dos Santos, (um dos mais aparelhados do Estado de Sergipe) para este tipo de eventos; o glamour das festas de São Paulo com seu tradicional novenário, Missa Sole e procissão pelas vias pública da nossa cidade, acontecendo este evento na nossa Paróquia de São Paulo, conhecida como a "Catedral do Sertão".
ResponderExcluirComo podemos ver, Frei Paulo na atual Administração do Prefeito Anderson Menezes e sua Vice Mércia Dantas, tem devolvido um trabalho voltado unicamente para crescermos em termos culturais e mostrarmos aos que nos visitam a nossa cordialidade e o prazer de receber a todos sempre com aquele abraço e sorriso nos lábios.
Crescemos quanto ao número de conjuntos habitacionais, agora por todos os lados da cidade e quase que triplicamos o tamanho da área física ocupada há anos atrás.
O atendimento social tem sido amplamente melhorado no nosso Hospital Municipal e a assistência médica se estende a maioria dos povoados com seus postos médicos; vivenciamos agora na perspectiva de que o atual administrador sempre sorridente e de braços abertos para todos os freipaulistanos continue neste patamar evolutivo e que nos traga esperanças de uma Frei Paulo cada vez mais unida, linda e elogiada por todos os que nos visita.
Quer vivenciar bons momentos de lazer? Frei Paulo - SE agora é uma excelente opção.
Olá,sou neta de Ribério Bezerra, meu nome é Marta Maria Bezerra Wanderley Pessanha Ayres e desejo conhecer meus ancestrais.Sei que meu avô morou com a família em Frei Paulo e isso é tudo.Meu e-mail é martayres@ig.com.br.Minha avó materna tinha por nome Maria Antonieta Bezerra.Minha tia chamava-se Maria Leite Bezerra.Leite da Mãe e bezerra do pai.Obrigada.
ResponderExcluirAcho que somos parentes. Júlia e Patrocínio eram minhas tias avós. Eu sou filho de Dodona filha de Prima. Prima era irmã de Júlia e Patrocínio. Eu e meus irmão as tratavam com Madrinha.
ResponderExcluirQuando vc descreveu o ambiente com a vegetação e relevo me emocionei. Vivi minha infância na Serra Redonda e Nasci nas Serras Pretas bem próximo de Alagadiço. Tenho muita saudade das farinhadas no sítio de Madrinha Júlia. Vc só esqueceu de Madrinha Venância, minha tia que era criada por Júlia e Patrocínio. Minha mâe era vendedora exclusiva da produção de fruntas de Madrinha Júlia, Tio Quincas e de Tio Cazuza, estes irmãos de Júlia e Patrocínio. Que tempo de Tranquilidade. Visitei o sítio em 1993 para mostrar a minha esposa e chorei muito quando ví todo sítio transformado em pastagem e o pior: lembra da fonte de água em frente a casa do outro lado da estrada? havia acabado de ser derrubado o cajueiro de cajuí que ficava à margem da fonte. Este cajueiro era o primeiro a produzir e matou a fome de minha família por repetidas vezes. Senti muito não ter chegado a tempo para evitar o crime e propor a compra do sítio.
Abraços
Meu nome é Manoel da Costa Santos, e-mail: manoelc.santos@codevasf.gov.br.
ResponderExcluirÉ preciso incluir três nomes de pessoas importantes, a nível de Brasil, nascida em Frei Paulo. Tendo interesse faça contato.
ResponderExcluirgilfrancisco
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